domingo, março 09, 2008

Professores unidos na luta ou a luta continua e está a ganhar intensidade

«Nacional
Educação/Marcha: PSP admite presença de cerca de 100 mil manifestantes no protesto de professores

Lisboa, 08 Mar (Lusa) - O comando metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou hoje a presença de cerca de 100 mil manifestantes na "marcha da indignação" dos professores, em Lisboa, ratificando os valores adiantados pelos sindicatos do sector.

"A PSP não discorda dos valores já avançados e o número de manifestantes não andará longe dos 100 mil", referiu à Lusa fonte do comando de Lisboa.

A mesma fonte informou que não houve qualquer registo de ocorrências durante a manifestação, que decorreu entre as 14:30 e as 19:00, num percurso entre a rotunda do Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço, em Lisboa.

Para a manifestação foram destacados cerca de 120 efectivos da polícia, acrescentou a mesma fonte.

PL.

© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-03-08 22:55:01»


Nota: O número estimado de professores em Portugal é de 143 mil. Quer isto dizer que 70 % de toda uma classe profissional saiu à rua para protestar contra o governo.

Na próxima quarta-feira serão os trabalhadores da Administração Local e na sexta sairão à rua os trabalhadores da Função Pública.

É das maiores contestações sociais que um governo do PS (se não mesmo entre a totalidade dos governos dos últimos 32 anos) enfrenta.

A luta dos trabalhadores não pára de aumentar.

A manifestação de hoje dos professores irá com certeza ser um estímulo para as próximas jornadas de luta. Exemplo de união e força, esta manifestação (re)confirma que em Portugal o povo e os trabalhadores não toleram prepotência, autoritarismo, arrogância e repressão.

A manifestação de hoje só espanta quem estiver mais distraido. Há uma semana atrás o PCP com a sua marcha - Liberdade e Democracia indicou claramente às massas qual é o caminho da luta. Na marcha estiveram 50 mil ou mais comunistas e outros a defender as liberdades e a democracia. A defender Abril e a sua constituição que não é respeitada pelo poder político e tão pouco pelo poder económico que desrespeita as próprias leis que haviam sido criadas já para sua protecção.

Já desde 2006 que as manifestações dos trabalhadores portugueses atingem com regularidade os 6 dígitos. E no tempo que passou, não só não mudaram as políticas como os sinais de autoritarismo e repressão se acentuaram.

Não se quer com isto dizer que era igual ter lutado ou ter deixado o governo fazer o que quisesse sem oposição. Mesmo que não o admita, as lutas travadas até aqui refrearam o ímpeto do governo em muitas áreas. Interessa neste sentido contabilizar aquilo que o governo disse que iria fazer e que depois não fez ou não faz com a rapidez por ele desejada.

Portanto a manifestação de hoje não espanta, antes confirma o crescimento da tomada de consciência dos trabalhadores portugueses, que no caso concreto traz a originalidade de meter na rua 100 mil de 143 mil trabalhadores de uma só classe profissional. É obra!!!


Marcha - Liberdade e Democracia - Apreciação do Comité Central do PCP

Mais de 50.000 na Marcha Liberdade e Democracia
Uma afirmação dos ideais de Abril e da força do PCP


O Comité Central sublinha o extraordinário êxito da Marcha - Liberdade e Democracia, convocada pelo PCP, realizada a 1 Março, que encheu as ruas de Lisboa e fez transbordar o Rossio, com mais de 50.000 pessoas, comunistas e outros democratas, numa singular acção de massas, em defesa das liberdades e da democracia, em defesa dos valores e conquistas de Abril.
O Comité Central saúda os militantes Partido, da JCP pela sua participação nesta marcha, numa grande afirmação da força do PCP, das suas convicções e do seu ideal. Saúda igualmente todos os democratas que, participando ao lado dos comunistas nesta iniciativa e reconhecendo o papel do Partido em defesa da liberdade e da democracia, quiseram com a sua presença afirmar a determinação e a confiança na luta em defesa do regime democrático.
A Marcha - Liberdade e Democracia foi um alerta a todo o povo português, a todos os que aspiram a um futuro de liberdade, democracia e progresso social, para a urgência de pôr termo aos ataques a direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores e do povo, que todos os dias são concretizados pela política de arrogância, prepotência e autoritarismo do governo do PS/Sócrates.
A Marcha reafirmou o direito à liberdade de organização, intervenção e actividade partidária posto em causa pelo carácter antidemocrático da Lei dos Partidos e do Financiamento dos Partidos. E confirmou quanto é necessária a ampla luta contra as tentativas de formatação e limitação da existência de partidos políticos, de ingerência na sua organização interna, de limitação à sua intervenção e devassa da sua vida e dos seus ficheiros.
Inserindo-se no momento de descontentamento e luta que percorre o País, a Marcha deu voz aos trabalhadores que lutam pelos direitos laborais e sindicais, que são discriminados e perseguidos por se organizarem, manifestarem, fazerem greve; deu voz aos dirigentes e activistas sindicais identificados, julgados e condenados por estarem com os trabalhadores na luta em defesa de direitos constitucionalmente consignados como o direito ao trabalho, direito a salários dignos, direito ao respeito pela dignidade de quem produz a riqueza; deu voz aos jovens e estudantes que expressam o seu profundo protesto contra o desemprego, a precariedade e a destruição do ensino público; deu voz a jornalistas condicionados na sua liberdade de informar com verdade e isenção; deu voz aos que lutam pela Liberdade e a Democracia e a todos os que estão determinados a combater as políticas antidemocráticas que corroem o País, aumentam as injustiças e ferem a dignidade do nosso Povo.
A Marcha protestou contra aqueles que em nome da «liberdade», concretizam medidas securitárias e exercem cada vez maior controlo e vigilância na sociedade; contra aqueles que em nome da «democracia», subvertem a vontade directa do povo e o pluralismo político nas autarquias locais, ferindo uma vez mais o Poder Local Democrático; contra o PS e o PSD que, conluiados para rever a Lei Eleitoral para a Assembleia da República, visam, a sua perpetuação em alternância no poder garantindo a continuidade da política de direita.
O Comité Central reafirma a necessidade de prosseguir a luta em defesa das liberdades e que, hoje como ontem, o PCP é a força política que, pela sua intervenção, projecto e ideal, é capaz de unir e mobilizar outros democratas para a defesa da democracia política, económica, social e cultural e da independência e soberania nacional que a Constituição da República consagra.

Marcha - Liberdade e Democracia





segunda-feira, janeiro 21, 2008

O PCP na Assembleia da República