domingo, março 09, 2008

Marcha - Liberdade e Democracia - Apreciação do Comité Central do PCP

Mais de 50.000 na Marcha Liberdade e Democracia
Uma afirmação dos ideais de Abril e da força do PCP


O Comité Central sublinha o extraordinário êxito da Marcha - Liberdade e Democracia, convocada pelo PCP, realizada a 1 Março, que encheu as ruas de Lisboa e fez transbordar o Rossio, com mais de 50.000 pessoas, comunistas e outros democratas, numa singular acção de massas, em defesa das liberdades e da democracia, em defesa dos valores e conquistas de Abril.
O Comité Central saúda os militantes Partido, da JCP pela sua participação nesta marcha, numa grande afirmação da força do PCP, das suas convicções e do seu ideal. Saúda igualmente todos os democratas que, participando ao lado dos comunistas nesta iniciativa e reconhecendo o papel do Partido em defesa da liberdade e da democracia, quiseram com a sua presença afirmar a determinação e a confiança na luta em defesa do regime democrático.
A Marcha - Liberdade e Democracia foi um alerta a todo o povo português, a todos os que aspiram a um futuro de liberdade, democracia e progresso social, para a urgência de pôr termo aos ataques a direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores e do povo, que todos os dias são concretizados pela política de arrogância, prepotência e autoritarismo do governo do PS/Sócrates.
A Marcha reafirmou o direito à liberdade de organização, intervenção e actividade partidária posto em causa pelo carácter antidemocrático da Lei dos Partidos e do Financiamento dos Partidos. E confirmou quanto é necessária a ampla luta contra as tentativas de formatação e limitação da existência de partidos políticos, de ingerência na sua organização interna, de limitação à sua intervenção e devassa da sua vida e dos seus ficheiros.
Inserindo-se no momento de descontentamento e luta que percorre o País, a Marcha deu voz aos trabalhadores que lutam pelos direitos laborais e sindicais, que são discriminados e perseguidos por se organizarem, manifestarem, fazerem greve; deu voz aos dirigentes e activistas sindicais identificados, julgados e condenados por estarem com os trabalhadores na luta em defesa de direitos constitucionalmente consignados como o direito ao trabalho, direito a salários dignos, direito ao respeito pela dignidade de quem produz a riqueza; deu voz aos jovens e estudantes que expressam o seu profundo protesto contra o desemprego, a precariedade e a destruição do ensino público; deu voz a jornalistas condicionados na sua liberdade de informar com verdade e isenção; deu voz aos que lutam pela Liberdade e a Democracia e a todos os que estão determinados a combater as políticas antidemocráticas que corroem o País, aumentam as injustiças e ferem a dignidade do nosso Povo.
A Marcha protestou contra aqueles que em nome da «liberdade», concretizam medidas securitárias e exercem cada vez maior controlo e vigilância na sociedade; contra aqueles que em nome da «democracia», subvertem a vontade directa do povo e o pluralismo político nas autarquias locais, ferindo uma vez mais o Poder Local Democrático; contra o PS e o PSD que, conluiados para rever a Lei Eleitoral para a Assembleia da República, visam, a sua perpetuação em alternância no poder garantindo a continuidade da política de direita.
O Comité Central reafirma a necessidade de prosseguir a luta em defesa das liberdades e que, hoje como ontem, o PCP é a força política que, pela sua intervenção, projecto e ideal, é capaz de unir e mobilizar outros democratas para a defesa da democracia política, económica, social e cultural e da independência e soberania nacional que a Constituição da República consagra.

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