O DN é mentiroso, rasco, asqueroso.
É reles, é baixo e descarado.
Vejam bem:
Edição de Segunda-Feira, 23 de Outubro de 2006
Com chamada na 1ª página, o DN publica na pag. 5 um artigo com um título a bold e com tamanho de letra 36 que nos informa: «Elogios à Coreia do Norte dividem militantes do PCP»
Logo no início já se desmascaram um pouco ao dizer que desta posição (do PCP) «se demarcam militantes e ex-filiados». afinal, se calhar, já não são tão militantes assim.
Começa-me a cheirar a "renovadores".
Atenção, se algum dos visados for um camarada que, apesar de ter ido para o DN dizer e falar de coisas sem sentido e que prejudicam o partido, não tiver nada a ver com os "renovadores comunistas", apresento as minhas desculpas, mas não deixo de dizer a esse camarada que procedeu mal e agiu como os que o são de facto agiram há não muito tempo atrás. Deixo aqui a minha veemente critica discordante quanto ao meio, à forma e ao local onde exprimiram a sua opinião, por razões que adiante se apontam. Aqueles que forem ex-militantes (o DN não especifica quem dos três já não é militante do partido), esses não tenho dúvidas que fazem parte da "renovação", ou, neste momento de algum outro partido político.
Mas vamos ver:
O primeiro é «dirigente da Fenprof e ex-cabeça-de-lista do PCP pelo distrito de Coimbra».
O segundo é «antigo membro do Comité Central, hoje sem cargos directivos no partido» e «dirigente do movimento cívico Não Apaguem a Memoria».
O terceiro é «ex-membro do Comité Central comunista».
Aqui há que deixar uma idéia que convém reter: não é por se ser ex-cabeça de lista, ex-membro do comité central ou por não se pertencer a nenhum coletivo de direcção que não se é um camarada válido e importante no trabalho do partido. Há muitos camaradas mais velhos que hoje cedem lugar aos mais novos nos organismos de direcção por via do esforço feito, com alguns resultados positivos, para o reforço e rejuvenescimento do partido. Isto reflectir-se-á também nas listas de candidatos do PCP em todas as eleições. Há também camaradas que saiem dos organismos de direcção por alterações orgânicas ocorridas nas organizações que podem levar à diminuição do número de membros desse organismo. O que não quer dizer que aquele camarada que sai deixa de fazer parte do colectivo partidário.
No PCP não há promoções nem despromoções. Há responsabilidades que são assumidas e das quais tem que se prestar contas ao colectivo, sim, isso há. E há uma avaliação constante do trabalho feito pelas e nas organizações. E, logicamente, por vezes tem que se fazer ajustes e pequenas modificações. Sempre pelo colectivo partidário mas nunca contra o militante, ou o quadro do partido.
Uma observação e uma explicação:
A observação: Apenas que dos "militantes" ouvidos sobre esta "divisão" no PCP, nenhum representa a "outra parte". A parte dos que concordam com os "Elogios à Coreia do Norte".
E porquê? Porque a noticia é falsa. Não há outra parte. Não há divisão no PCP sobre o tema, simplesmente porque a posição do PCP é adulterada, ou antes, (re)inventada pelo DN.
Esta é uma notícia fabricada artificialmente com entrevistados artificiais.
A explicação: Porque é que o meu olfacto suspeita da renovação? É simples, nenhum militante do partido, que em consciência o é e não quer prejudicá-lo, vai para o DN dizer o que lhe vai na alma. Em primeiro lugar porque a posição do PCP (deixamos para mais tarde) é coerente com o que o partido defende. Depois porque ninguém ouviu ou viu escrito pelo partido que apoia qualquer tipo de corrida às armas nucleares ou qualquer coisa sequer de parecido (também mais tarde lá iremos). Em segundo lugar porque não haveria comunista deste partido, que o seja de alma e coração, e que preferia ir ao DN contar as suas mágoas e revoltas pela posição do partido a expor ao próprio partido as suas opiniões divergentes, debatendo-as dentro e não fora do colectivo partidário. Sim porque este comunista sabe que ao ir para o DN irá alimentar a raiva dos cães anti-comunistas que conseguem influenciar a opinião pública.
Ainda assim, temos que duvidar que o DN não tenha deturpado o sentido do que foi dito por cada um dos entrevistados. Até porque do primeiro e do segundo não se vê um indício sequer que estejam no meio de uma divisão interna do partido. O primeiro faz críticas à Coreia do Norte, «alegando desconhecer as posições assumidas pelo grupo parlamentar e pelo comité central» e estende as críticas «à política externa norte-americana». O segundo, «considera que "a classe dirigente da Coreia do Norte não merece confiança" da comunidade internacional pela sua "obstrução das liberdades e da democracia"» e «também critica a política expansionista dos Estados Unidos, sublinhando os riscos da escalada nuclear na Ásia-Pacífico».
Apenas o terceiro, por intermédio de um isolado "acho grotesco", supostamente critica a «solidariedade ao lider comunista Kim Jong-il».
terça-feira, outubro 24, 2006
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1 comentário:
necessario verificar:)
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